Trabalhadores da Caixa querem fim das metas abusivas

A saúde do trabalhador foi a pauta da reunião desta sexta-feira (26) entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e instituição financeira. Com base em levantamento do Dieese, o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da CEE/Caixa, Rafael de Castro disse não ser possível que “quase 76% dos casos de afastamentos para tratamento de saúde de empregados da Caixa, devido a questões relacionadas ao trabalho (B91), sejam por causa de problemas mentais ou comportamentais.” “E todos nós aqui, de ambos os lados da mesa, sabemos que esses problemas são causados pelas ferramentas adoecedoras utilizadas pelo banco para fazer a gestão de pessoas e a cobrança abusiva de metas, além de falta de orientação da direção para gerir as equipes de forma de fato humanizada”, completou Rafael. De acordo com a Caixa, a taxa de absenteísmo na Caixa é de 3,51% e todos os empregados que tenham sido cobrados por tratamentos de doenças relacionadas ao trabalho (B91), devem entrar em contato com o banco para serem ressarcidos, pois os custos são de responsabilidade do banco. Rafael citou exemplos de práticas adoecedoras: cobrança pelo WhatsApp, Teams, ligações-ponte; e controle de hora em hora no meio e até depois do expediente. A Caixa se comprometeu a acabar com o feedback de caráter punitivo e utilizar o mecanismo apenas para contribuir com o desenvolvimento das empregadas e empregados. Em relação ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), os trabalhadores reivindicaram mais credenciamento de profissionais e clínicas de saúde para a realização dos exames e também com políticas efetivas de prevenção. Outra cobrança da CEE foi o fim do teto de 6,5% da folha de pagamentos para gastos da Caixa com a saúde dos empregados. Também foi cobrado que a Caixa arque com as despesas da escola inclusiva para os filhos neurodivergentes de empregas e empregados e aqueles gerados por doenças ocupacionais (B91). A Caixa propôs a realização de uma reunião do GT de Saúde para tratar de questões específicas que envolvem o Saúde Caixa na terça-feira (30). O banco divulgou o nome dos responsáveis pelas Gipes, que começam a funcionar em 5 de agosto. A representação dos empregados entregou um documento com propostas para o equacionamento do déficit do plano REG/Replan, da Funcef e cobrou a instalação de um grupo tripartite entre a Contraf/CEE, a Caixa e a Funcef para negociar o equacionamento. *Fonte: Contraf-CUT

Sindicato dialoga com trabalhadores em Barra Mansa

A diretoria do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense está percorrendo as agências da região, dialogando com a categoria e ressaltando a importância da luta na conquista dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que hoje o banco vende como benefícios (Ticket, PLR, Plano de Saúde etc). Na manhã desta sexta-feira (26), o encontro foi com trabalhadores do Bradesco de Barra Mansa. “A nossa CCT foi resultado de luta da união do Sindicato com a categoria”, explicou Júlio Cunha, presidente do Sindicato. Como destacou Júlio, todos os temas propostos abordados em mesa têm sua importância, mas o que mais chocou foi a falácia dos banqueiros negando que o adoecimento da categoria bancária tenha alguma relação com seu trabalho. “Em nossa região aconteceu uma pesquisa em parceira com a UFF onde constatou-se adoecimento de 55% dos bancários, e aproximadamente 20% já afastados do trabalho, acometidos por doenças psicossomáticas, síndrome de Burnout etc, informações maquiadas por alguns bancos”, ressaltou o presidente. Os bancários estão em campanha salarial em todo o país, com reuniões sendo realizadas toda semana entre o Comando Nacional e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban). Nesta quinta (25), a pauta teve como tema central a questão das metas abusivas e do assédio moral que os bancários sofrem em seu ambiente de trabalho. A negação da realidade por parte dos bancos deixou os trabalhadores perplexos. “Pasmem que o sistema dos bancos nem existe a possibilidade da inclusão da Síndrome de Burnout e etc. Se não bastasse, alguns bancos exigem que os bancários revalidem os atestados médicos com médico indicado do banco, o que é irregular, deixando de incluir a CID de síndrome de Burnout, alegando que o sistema não permite a referida CID. A força do Sindicato vem da categoria. O Futuro se faz juntos!”, concluiu Júlio Cunha.

Banco do Brasil: reunião debate saúde e condições de trabalho

A quinta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil teve como temas centrais a saúde e as condições de trabalho. A reunião aconteceu nesta sexta-feira (26), em São Paulo e o primeiro debate foi sobre a situação dos funcionários incorporados, como Nossa Caixa, Banco do Estado de Santa Catarina e Banco do Estado do Piauí, que continuam sem a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e sem a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). Segundo a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, os trabalhadores aguardam há muitos anos solução por parte do BB para que possam ingressar na Cassi e na Previ. “O que pedimos é isonomia para todos os funcionários. Ainda no tema isonomia, reivindicamos que todos os funcionários tenham direito à Cassi na aposentadoria, com garantia de contribuição patronal, o que não ocorre para funcionários que ingressaram no banco depois de 2018″, disse a coordenadora. O banco apresentou o Programa Saúde Mental, que prevê tratar o funcionário de forma integral. Os representantes do banco disseram que já foram realizados mais de 40 mil atendimentos de apoio complementar aos funcionários em seus tratamentos psicoterapêuticos, pela plataforma on-line. Os trabalhadores pediram que em caso de concessão de auxílio-doença previdenciário ou auxílio-doença acidentário, pela Previdência Social, seja assegurada ao funcionário, incluindo os egressos de bancos incorporados, complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador, como salários, comissões, gratificações, adicionais, PLR, como se na ativa estivesse, até a cessação do auxílio-doença. O banco anunciou a ampliação de dependentes para herdeiros, inventariantes e dependentes cadastrados na Previdência Social no auxílio funeral. A próxima reunião está marcada para 7 de agosto sobre cobrança de metas. *Fonte: Contraf-CUT

Fenaban diz que dados não comprovam adoecimento mental por trabalho

A quinta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), aconteceu nesta quinta-feira (25). O foco da pauta foi o adoecimento da categoria provocado pela política de gestão por metas dos bancos. A representação dos trabalhadores mostrou a relação entre a saúde e a pressão exercida sobre a categoria pelo cumprimento dos resultados exigidos pelas empresas. As reivindicações dos trabalhadores se concentraram em quatro eixos: definição de metas e a política de gestão na aplicação das metas, combate ao assédio moral, fluxo humanizado para o atendimento, e direito à desconexão.  Apesar da apresentação de pesquisas e dos resultados da Consulta Nacional aos Bancários, a Fenaban negou que os dados comprovem que os casos de adoecimento mental estão ligados à atividade do trabalho bancário. Segundo a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, “a própria Fenaban trouxe informações que houve um total de 1.608 denúncias de assédio, recebidas pelos canais dos bancos. E constatou que houve um aumento.” Os representantes dos bancos afirmaram que apresentarão propostas de avanços sobre os temas cobrados, nas próximas reuniões. *Fonte: Contraf-CUT 

Sindicato percorre agências no “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde”

O Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense percorreu agências da região, na manhã desta quarta-feira (24), como parte do “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde”. O presidente do Sindicato, Júlio Cunha, falou sobre o assédio moral e o adoecimento da categoria. “Aqui no Sul Fluminense nós temos uma pesquisa, em parceria com a UFF, que comprova que 55% da nossa categoria aqui está com problemas psicológicos, problemas de adoecimento dentro da agência e 20% da nossa categoria já está afastada por problemas psicológicos”, ressaltou Júlio. O “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde” foi criado pelo movimento sindical para, através de manifestações nas ruas e nas redes sociais, pressionar os bancos contra o modelo de gestão que vem adoecendo os trabalhadores bancários. Assédio moral e cobrança de metas abusivas fazem parte deste cenário. As ações acontecem na véspera da reunião de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), pela campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A pauta desta rodada de negociações será saúde e condições de trabalho, com foco na política de metas praticadas pelas empresas. Segundo Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, é obrigação dos bancos o estabelecimento de um ambiente de trabalho saudável e sustentável. “A saúde mental é uma prioridade e não pode continuar sendo sacrificada em nome de lucros. Só em 2023, os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 108,6 bilhões. Mas, apesar do montante, nesse mesmo ano fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários”, afirmou Juvandia.

Balanço do Santander aponta lucro de R$ 3,3 bilhões

A temporada de balanços bancários foi aberta pelo Santander, nesta quarta-feira (24). O banco apresentou um lucro líquido de R$ 3,332 bilhões no segundo trimestre deste ano, com alta de 44,3% na comparação anual e de 10,3% na trimestral.   O valor é considerado acima das expectativas do mercado, que previam um saldo na ordem de R$ 3,19 bilhões segundo estimativas da LSEG.  O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ficou em 15,5% no trimestre excluindo o ágio – um ganho de 4,3 pontos percentuais (p.p.) em base anual. A margem financeira do Santander teve alta de 10,6%, alcançando R$ 14,8 bilhões. O banco também registrou resultado positivo na margem das operações com mercado, chegando ao saldo de R$ 258 milhões. Em relação à carteira de crédito ampliada, o banco somou R$ 665,6 bilhões, crescimento de 1,8% no trimestre e de 7,8% na comparação ano a ano. Quanto às provisões com devedores duvidosos (PDDs), a soma foi de R$ 5,89 bilhões, valor que representa uma queda de 1,4% na base anual e de 2,4% frente ao último trimestre. O banco informou também uma provisão adicional de R$ 1,930 bilhão no segundo trimestre, sem explicar o motivo. *Fonte: Revista Exame

Campanha: financiários reivindicam acordo de dois anos

Em mais uma rodada de negociações, o Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) debateu, pela primeira vez, cláusulas econômicas com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), na manhã desta terça-feira (23). A proposta apresentada pelos representantes sindicais apresenta um acordo de dois anos, com reajuste salarial acima da inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024 e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) devem ser aplicados os mesmos índices. Os trabalhadores pedem ainda 7% de aumento real nos dois anos para os auxílios refeição e alimentação. Segundo os dirigentes sindicais, a alta inflação que impacta diretamente os trabalhadores que se alimentam fora de casa. Jair Alves, coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, falou sobre a necessidade de valorização dos trabalhadores financiários. “A inflação tem sido um desafio constante, especialmente para aqueles que dependem de alimentação fora do lar. É fundamental que nossos auxílios reflitam essa realidade, garantindo condições dignas para todos”, disse Jair. A próxima reunião será dia 30, terça-feira, e os representantes das financeiras se comprometeram a apresentar uma proposta global, que envolva todas as reivindicações. *Fonte: Contraf-CUT

Bancários vão realizar Dia Nacional de Luta nesta quarta-feira (24)

O “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde” será realizado nesta quarta-feira, 24 de julho, um dia antes da quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban). A pauta do encontro será saúde e condições de trabalho. Organizado pelo movimento sindical bancário, o evento objetiva pressionar os bancos contra o atual modelo de gestão, que afeta a saúde mental dos trabalhadores. Pesquisa realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), mostra que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano, estando quase metade em acompanhamento psiquiátrico. Ainda de acordo com a pesquisa, entre 2013 e 2020, foram registrados 20.192 afastamentos de bancários pelo INSS, com alta de 26,2% entre 2015 e 2020, percentual 1,7 vez acima do crescimento total de afastamentos registrados no país (de 15,4% no período), considerando todas as categorias. Em relação ao total dos afastamentos acidentários por doenças mentais e comportamentais, os afastamentos de bancários correspondiam a 12% do total, em 2012, e a 25%, em 2022. Segundo o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, o objetivo das manifestações é dar visibilidade ao alto número de adoecimento causados por metas excessivas, pressão por resultados e assédio moral. *Fonte: Contraf-CUT

Movimento sindical conquista 30% de cota em cargos diretivos na Caixa

O movimento sindical conquistou uma importante vitória na terceira rodada de negociação específica com a Caixa Econômica Federal, nesta sexta-feira (19). O tema foi “Diversidade e Igualdade de Oportunidade”. Atendendo à reivindicação dos trabalhadores, Caixa informou que vai garantir 30% de cota para mulheres em cargos diretivos. Apesar desta conquista, a demanda sobre a Funcef continua no impasse, com o banco não apresentando uma resposta definitiva sobre a questão. “Nós, representantes, estamos aqui deixando claro que temos proposta que não retira direitos e que procura sanar as dificuldades do equacionamento para tanta gente”, lamentou Rafael de Castro, coordenador da CEE Caixa. Sobre a diversidade ficou acertado que a Caixa vai analisar o documento entregue pelos trabalhadores e discutir o tema numa próxima reunião. Porém, já ficou sinalizada a inclusão de uma cláusula sobre a política de diversidade no acordo coletivo. A Caixa também se comprometeu a abrir um canal específico de denúncias por discriminação e fazer o mapeamento da comunidade LGBTQIAPN+ do banco. Segundo Rogério Campanate, representante da Federa-RJ na CEE/Caixa, atualmente não é possível sequer traçar ações afirmativas porque não há informação sobre essa base no banco. Em relação aos PcDs, a Caixa informou que dará um retorno sobre as reivindicações na próxima mesa. *Fonte: Federa-RJ *Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Financiários e Acrefi voltam à mesa de negociação

Mais uma mesa de negociações ocorreu, na tarde desta sexta-feira (19), entre o Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Entre os temas debatidos nesta rodada estão saúde, segurança dos trabalhadores, metas e violência organizacional, incluindo a violência contra a mulher, assédio moral e sexual, além de medidas para o combate e prevenção de doenças e suas sequelas, especialmente o coronavírus, causador da covid 19. O movimento sindical tem reivindicado que as discussões sobre metas de desempenho sejam constantes porque elas são, segundo pesquisas, o maior fator de desencadeamento de condutas violentas e de assédio moral no ambiente de trabalho. A violência contra as mulheres foi um dos pontos de destaque da reunião. Magaly Fagundes, secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, pontuou a necessidade de criar um canal de apoio dedicado a tratar de questões relacionadas à violência contra a mulher. Com os debates, foi reforçado o compromisso das entidades buscarem soluções que promovam um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos os trabalhadores do setor financeiro. *Fonte: Contraf-CUT

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